Sob pressão de uma crise econômica sem precedentes, que empobrece e arruína a Venezuela, o ditador Nicolás Maduro anunciou ontem que a Rússia vai investir US$ 6 bilhões para aumentar a produção de petróleo e na mineração.
Maduro chegou a Moscou em 5 de dezembro em busca de ajuda e esteve com o ditador Vladimir Putin. Um investimento de US$ 5 bilhões deve ser feito através de uma associação já existente da companhia estatal Petróleos de Venezuela (PdVSA) com a empresa russa Rosneft. O resto seria aplicado na mineração de ouro e diamantes.
Com a queda na produção de petróleo no desgoverno de Maduro, a mineração é uma alternativa para manter as redes de patronagem que sustentam o falido regime chavista. Os Estados Unidos proibiram empresas sujeitas à sua jurisdição de investir na Venezuela. As companhias russas que tenham negócios com empresas americanas ou operem em dólares estão sujeitas a sanções.
Desde o ano passado, a produção de petróleo da Venezuela, que tem as maiores reservas mundiais, caiu pela metade. Em setembro, estava em 1,4 milhão de barris por dia. Sem recursos, a ditadura venezuelana recorre à mineração e a transações ilícitas para obter moedas fortes e tentar se manter no poder a qualquer custo até que um golpe militar de dentro do regime derrube Maduro.
A Rússia não confirmou. Em declarações ao jornal inglês Financial Times, funcionários da Rosneft duvidaram da veracidade das informações, mas Putin enviou aviões e navios de guerra com capacidade nuclear para participar de manobras militares conjuntas com a Venezuela.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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