Através do Twitter, o presidente Donald Trump enviou mensagem com "os mais calorosas considerações e respeito" ao ditador Kim Jong Un, e manifestou interesse em encontrá-lo em breve, mas suspendeu a viagem que o secretário de Estado, Mike Pompeo, faria à Coreia do Norte por falta de progresso nas negociações para desnuclearizar a Península Coreana.
Trump culpou a China, com quem está engajado numa guerra comercial, pelas manobras do regime comunista de Pyongyang, acusando Beijim de "não estar ajudando no processo de desnuclearização como antes", noticiou o jornal The Washington Post.
É a primeira que o presidente dos Estados Unidos admite falta de avanços nas negociações para desarmar a Península Coreana desde o histórico encontro de cúpula com Kim em 12 de junho de 2018 em Cingapura. Trump chegou a afirmar que a ameaça nuclear norte-coreana havia desaparecido.
Seria a quarta visita de Pompeo à Coreia do Norte. Em ocasiões anteriores, o secretário de Estado americano propôs ao regime comunista norte-coreano que aceite um cronograma para abandonar suas armas nucleares. Cerca de 60% das armas seriam entregues dentro de seis meses para destruição.
O governo de Pyongyang resiste. Alega que os EUA estão querendo um desarmamento nuclear unilateral sem oferecer contrapartida. Ao mesmo tempo, satélites-espiões americanos revelaram que os centros de pesquisa e desenvolvimento de mísseis e armas nucleares norte-coreanos estão em plena atividade.
Trump escreveu que o "secretário Pompeo deve ir à Coreia do Norte em futuro próxima, provavelmente depois que nossas relações comerciais com a China sejam resolvidas." Atribui a estagnação das negociações à China. Ignora que esse vaivém é o padrão de comportamento do regime stalinista de Pyongyang desde que começou sua chantagem atômica, depois do fim de sua maior patrocinadora, a União Soviética, em 1991.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário