A Coreia do Norte rejeitou repetidas vezes propostas do secretário de Estado americano, Mike Pompeo, para criar um cronograma de desnuclearização. É mais um sinal de que o regime comunista de Pyongyang não mudou sua tática de negociação de avançar e recuar para confundir e ganhar tempo.
Desde o histórico encontro de cúpula do presidente Donald Trump com o ditador Kim Jong Un em 12 de junho em Cingapura, os negociadores dos Estados Unidos e da Coreia do Norte tentam avançar, mas até agora não deram passos concretos para eliminar as armas nucleares da Península Coreana.
O regime stalinista norte-coreano devolveu os restos mortais de soldados americanos mortos na Guerra da Coreia (1950-53) e fez um gesto simbólico, fechando um local de testes nucleares praticamente destruído.
Trump agradeceu ao Camarada Kim Jong Un, mas nas negociações de fundo, os norte-coreanos mantêm a mesma tática de negociação, blefando, recuando abruptamente e rejeitando qualquer proposta da outra parte.
Pela proposta americana, a Coreia do Norte deveria entregar 60% a 70% de seu arsenal aos EUA ou a outros país em seis a oito meses.
A maior parte dos analistas não acredita que a Coreia do Norte esteja mesmo disposta a entregar todas as suas armas atômicas e encerrar seu programa nuclear. Afinal, o regime stalinista investiu nisso durante anos como a última garantia de sobrevivência.
Há duas semanas, com base em imagens de satélites-espiões, os serviços secretos dos EUA advertiram que a Coreia do Norte continua produzindo mísseis balísticos de longo alcance. O movimento de trabalhadores nos institutos de pesquisa e nas centrais nucleares indica que a atividade não diminuiu.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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