O Google pretende lançar uma versão de seu mecanismo de busca especial para a China com censura a certos endereços e palavras. Com outras empresas americanas de alta tecnologia, está disposto a aceitar a censura prévia do regime comunista para ter acesso ao lucrativo mercado chinês.
A China bloqueia há muitos anos o acesso a mecanismos de busca e conteúdo produzido por companhias dos Estados Unidos e do Ocidente, como o YouTube. É o único país onde estive em que não pude atualizar meu blog.
Em dezembro de 2017, o Google anunciou a intenção de abrir um centro de pesquisas sobre inteligência artificial na China, que disputa com os EUA a liderança tecnológica do setor.
Ao aceitar a censura, o Google recua em seu compromisso com a liberdade de expressão. Em 2010, saiu da China citando preocupações com a censura e a vigilância do Estado sobre o cidadão. O co-fundador da empresa Sergey Brin, que passou os primeiros seis anos de vida na União Soviética e teria apreço pelas liberdades democráticas, teria influído na decisão. Agora, o dinheiro falou mais alto.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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