quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Google aceita censura para entrar na China

O Google pretende lançar uma versão de seu mecanismo de busca especial para a China com censura a certos endereços e palavras. Com outras empresas americanas de alta tecnologia, está disposto a aceitar a censura prévia do regime comunista para ter acesso ao lucrativo mercado chinês.

A China bloqueia há muitos anos o acesso a mecanismos de busca e conteúdo produzido por companhias dos Estados Unidos e do Ocidente, como o YouTube. É o único país onde estive em que não pude atualizar meu blog.

Em dezembro de 2017, o Google anunciou a intenção de abrir um centro de pesquisas sobre inteligência artificial na China, que disputa com os EUA a liderança tecnológica do setor.

Ao aceitar a censura, o Google recua em seu compromisso com a liberdade de expressão. Em 2010, saiu da China citando preocupações com a censura e a vigilância do Estado sobre o cidadão. O co-fundador da empresa Sergey Brin, que passou os primeiros seis anos de vida na União Soviética e teria apreço pelas liberdades democráticas, teria influído na decisão. Agora, o dinheiro falou mais alto.

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