Como previsto, a Suprema Corte do Zimbábue considerou hoje legítima a vitória suspeita do presidente Emmerson Mnangagwa na eleição presidencial de julho, com 50,8% dos votos contra 44,3% de Nelson Chamisa.
Mnangagwa, conhecido popularmente como o Crocodilo, era vice-presidente e braço direito do ditador Robert Mugabe, que governou o Zimbábue desde sua independência, em 1980, até o golpe de novembro de 2017, quando foi deposto por Mnangagwa e o então comandante do Exército e atual vice-presidente, general Constantino Chiwenga.
A vitória apertada de um regime golpista nascido no seio de uma ditadura provocou protestos internacionais. O Zimbábue perdeu uma oportunidade de melhorar as relações com o Ocidente. No auge da crise econômica e da hiperinflação criadas pelas políticas de Mugabe, o Zimbábue foi alvo de sanções da Europa e dos Estados Unidos. Precisou recorrer à China.
Dias antes do golpe, o general Chiwenga foi à China para obter o aval do regime comunista chinês para derrubar Mugabe.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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