Um dia depois de ter acesso a informes secretos sobre a segurança nacional dos Estados Unidos cancelado, o ex-diretor-geral da CIA (Agência Central de Inteligência) John Brennan acusou hoje o presidente Donald Trump de tentar acabar com a investigação do procurador especial Robert Mueller para encobrir o conluio de sua campanha com a Rússia, noticiou a agência Associated Press (AP).
Durante a entrevista coletiva diária de ontem à tarde na Casa Branca, a porta-voz de Trump, Sarah Huckabee Sanders, afirmou que o "comportamento errático" do ex-diretor da CIA estaria colocando em risco a segurança nacional dos EUA,
Em artigo publicado no jornal The New York Times, Brennan alega que a defesa do presidente de que "não houve conluio" é uma "bobagem", restando apenas saber se os atos "configuram uma conspiração punível criminalmente".
"Trump está claramente se tornando mais desesperado para proteger a si mesmo e aos que o cercam, por isso tomou a decisão politicamente motivada de revogar minha licença de acesso a documentos secretos numa tentativa de amedrontar e silenciar quem ousa desafiá-lo", escreveu Brennan.
É praxe nos EUA manter o acesso de altos funcionários do setor de inteligência aos informes secretos de segurança nacional para aproveitar sua experiência profissional na troca e análise de informações.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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