A economia dos Estados Unidos registrou em julho de 2018 um saldo positivo de 157 mil novos empregos, mas ficou abaixo da expectativa do mercado, que era de 195 mil vagas, revelou hoje o relatório mensal de emprego do Departamento do Trabalho. O índice de desemprego caiu de 4% para 3,9%.
O desemprego amplo, que inclui quem trabalha em meio expediente, mas gostaria de trabalhar em tempo integral, ficou em 7,5%. A média de crescimento dos salários se manteve em 2,7% ao ano.
Mesmo ficando abaixo da expectativa do mercado financeiro no mês passado, o mercado de trabalho mantém o vigor registrado desde o governo Barack Obama. Nos últimos três meses, a média foi de 224 mil novos empregos.
Como de costume, o presidente Donald Trump tentou avocar para si o sucesso da economia. Cerca de 3,9 milhões de empregos foram criados desde sua posse, em janeiro de 2017, mas sua média é inferior aos últimos cinco anos de Obama.
Com a inflação dos últimos 12 meses em 2,9%, a expectativa é que o Conselho de Reserva Federal (Fed), a direção do banco central dos EUA, elege a taxa básica de juros de curto prazo em 0,5 ponto percentual na sua reunião de setembro para uma faixa de 2% a 2,5% ao ano.
Ao indicar que aumentará os juros em setembro, o Fed declarou que “os ganhos de emprego têm sido fortes, na média, nos últimos meses e o desemprego se manteve baixo”. E acrescentou: “Os gastos das famílias e o investimento fixo das empresas cresceram fortemente.”
O produto interno bruto teve forte crescimento no segundo semestre, num ritmo de 4,1% ao ano. As novas vagas de empregos foram criadas sobretudo em serviços profissionais e para empresas (51 mil) e na indústria manufatureira (37 mil).
Nos últimos 12 meses, a indústria americana contratou 327 mil trabalhadores a mais do que demitiu. Trump usou o dado de julho para alegar que sua guerra comercial não está reduzindo as contratações, mas as tarifas mais altas entraram em vigor há pouco. O verdadeiro impacto está por vir. Ao mesmo tempo, os cortes de impostos deram um estímulo que neutraliza parcialmente o impacto dos tarifaços.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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