Os Estados Unidos impuseram ontem tarifas de 25% sobre a importação de produtos chineses no valor de US$ 16 bilhões por ano. A China respondeu imediatamente, sobretaxando importações americanas no mesmo valor. Agora, o total de produtos sobretaxados pelas duas maiores economias do mundo soma US$ 100 bilhões de comércio bilateral.
Esta segunda rodada da guerra comercial deflagrada pelo presidente Donald Trump já estava prevista. A lista de novos produtos sobretaxados estava à disposição dos interessados no Departamento do Comércio dos EUA para darem suas opiniões.
Em 6 de julho, o governo Trump impôs tarifas de 25% sobre produtos importados da China no valor de US$ 34 bilhões. A China respondeu na hora e na mesma medida.
O presidente americano tenta reduzir um déficit no comércio bilateral que chegou a US$ 375 bilhões no ano passado. Ameaça agora impor tarifas sobre outros produtos chineses importados pelos EUA, no valor de US$ 200 bilhões por ano. Aí a China não teria como retaliar porque só exportou US$ 130 bilhões para os EUA em 2017.
Em Beijim, o governo chinês acusou os EUA de provocarem a "maior guerra comercial da história" e afirmou que o conflito está aumentando o investimento de empresas interessadas em não perder espaço no mercado chinês.
Na Internet, por exemplo, o total de chineses ligados na rede passa de 800 milhões, mais do que Índia e EUA somados.
A nova rodada da guerra comercial aconteceu no momento em que uma delegação chinesa estava em Washington discutindo as relações comerciais entre os dois países. Naturalmente, as negociações não avançaram.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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