Diante do aumento da tensão entre Israel e o Irã dentro da guerra civil da Síria, aumentou a expectativa de que o presidente Donald Trump, aconselhado pelo novo assessor de Segurança Nacional, John Bolton, decertifique o acordo, que congela o programa nuclear iraniano por uma década.
Há duas semanas, o presidente Hassan Rouhani declarou que os EUA "lamentariam" o fim do acordo. O Irã reagiria "em uma semana".
Trump quer "remediar as terríveis lacunas" que vê no texto acordo, enquanto a Alemanha, a China, a França, o Reino Unido e a Rússia querem mantê-lo como está. Sabem das dificuldades de renegociar um acordo, especialmente com um líder instável como o atual presidente americano.
Os EUA de Trump exigem um regime de inspeções mais rigoroso e o fim da limitação dos prazos de 10 a 15 anos para o Irã retomar as atividades nucleares. A decisão de manter ou não os EUA no acordo deve ser anunciada até 12 de maio.
Até o fim de abril, o presidente da França, Emmanuel Macron; a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May; e a chanceler (primeira-ministra) da Alemanha, Angela Merkel; vão a Washington tentar persuadir Trump.
"Tentar apaziguar Trump, penso, será um exercício fútil", observou o chanceler iraniano. "Para o Irã, é importante receber os benefícios do acordo e, em hipótese alguma, o país aceitar uma aplicação unilateral." Se os EUA abandonarem o acordo, é "altamente improvável" que o Irã continue a respeitá-lo com os outros signatários.
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