sexta-feira, 6 de abril de 2018

Geração de empregos sofre forte queda nos EUA

Depois de um saldo excepcional de 326 mil novas vagas de emprego em fevereiro, o mercado de trabalho dos Estados Unidos sofreu uma forte desaceleração em março. O mercado esperava 185 mil postos de trabalho a mais. O total ficou em 103 mil, revelou o relatório mensal de emprego, divulgado hoje pelo Departamento do Trabalho.

A taxa de desemprego, medida em outra pesquisa, ficou estável em 4,1%. É a menor desde o ano 2000. O índice de desemprego amplo, que incluiu desempregados e subempregados, sem contrato de trabalho, baixou de 8,2% para 8%. No Conselho da Reserva Federal (Fed), há analistas prevendo uma queda nos próximos dois anos para 3,6%. Seria a menor taxa desde os anos 1960s.

O saldo médio de novas vagas nos três primeiros meses do ano foi de 202 mil, em contraste com 182 mil por mês ao longo do ano passado. Como os cortes de impostos do governo Donald Trump devem estimular o consumo, o mercado de trabalho deve continuar em alta durante o ano.

Alguns economistas, como Ian Shepherdson, da empresa Pantheon Macroeconomics, atribuíram o resultado decepcionante ao clima ruim no mês passado, marcado por grandes tempestades de neve. Outros veem uma acomodação depois do avanço expressivo em fevereiro.

Os salários registraram uma alta anual ligeiramente maior, de 2,6% em fevereiro para 2,7% em março, mas o novo presidente do Fed, Jay Powell, não vê nos risco de que "estejamos à beira de uma aceleração da inflação".

Com o aquecimento do mercado de trabalho, que cresce sem parar há sete anos e meio, o setor financeiro aposta em pelo menos mais três altas na taxa básica de juros neste ano e mais três no próximo.

Evidentemente, uma guerra comercial com a China altera todas as previsões.

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