Com 54% dos votos, o ex-primeiro-ministro Milo Djukanovic foi eleito ontem presidente no primeiro turno, depois de governar a ex-república iugoslava de Montenegro durante quase um quarto de século até outubro de 2016, noticiou o jornal montenegrino Vijesti. Grande favorito, fez campanha prometendo integrar o país à União Europeia (UE).
Djukanovic, de 56 anos, lidera o Partido Democrático dos Socialistas de Montenegro, que teve origem no Partido Comunista da Iugoslávia e governa o país desde a democratização, em 1991. Ele liderou a independência de Montenegro da Sérvia, em 2006, e a adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a aliança militar ocidental, liderada pelos Estados Unidos, em 2017.
A expectativa é que o cargo de presidente, que era praticamente honorífico durante os mandatos do seu predecessor e aliado Filip Vujanovic, passe a ser o centro do poder em Montenegro.
Apesar de todas as crises, o sonho europeu sobrevive. Na campanha à Presidência da França, Emmanuel Macron prometeu reformar e revitalizar o projeto de uma Europa unida. Enfrenta resistência da Alemanha, que não concorda com a criação de um orçamento comum da Zona do Euro e de um sistema pan-europeu de garantia de depósitos bancários enquanto a Itália não sanear seus bancos em dificuldades.
Mas a Europa unida ainda atrai. Montenegro quer entrar no jogo. É a via para o desenvolvimento dos países da Europa Oriental pós-comunismo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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