segunda-feira, 30 de abril de 2018

Fusões e aquisições de empresas superaram os US$ 120 bilhões hoje

Com a recuperação da economia mundial e o crescimento simultâneo das principais regiões econômicas do planeta, os fusões e aquisições de empresas somam US$ 1,7 trilhão em 2018, apesar dos riscos políticos. Só no dia de hoje, foram anunciados negócios de US$ 120 bilhões, noticiou o jornal inglês Financial Times.

Nas últimas 24 horas, mais de uma dúzia de transações de mais US$ 100 milhões. De acordo com a consultoria Dealogic, o ritmo supera o do período anterior à Grande Recessão de 2008. As grandes empresas estão aplicando estratégias agressivas de consolidação de sua posição no mercado.

Nem todos os negócios tiveram a bênção do mercado. A tentativa de compra da empresa de telecomunicações americana Sprint pela rival alemã T-Mobile por US$ 59 bilhões provocou a queda nos preços das ações das duas empresas. Se for concretizada, vai criar a segunda maior empresa de telefonia celular dos Estados Unidos.

No setor de energia, a Marathon Petroleum ofereceu US$ 36 bilhões pela refinaria rival Andeavor, dando aos acionistas o direito de receber sua parte em ações ou dinheiro. Será o maior negócio do setor desde que a General Electric comprou a Baker Hughes em 2016.

Ao comprar a rede Asda da companhia americana Walmart por US$ 10 bilhões, o Sainsbury passa a ser a maior rede de supermercados do Reino Unido, superando o arquirrival Tesco.

"Apesar do risco de guerras comerciais, a bolsa de valores, continua forte, embora esteja volátil, e os preços elevados das ações podem ser usados em fusões e aquisições", observou John Bick, diretor global de advocacia empresarial do escritório David Polk. "Mesmo que as taxas de juros subam, as taxas de financiamento ainda são suficientemente baixas para grandes companhias tomarem empréstimos para fazer aquisições significativas."

Se não houver um terremoto político, a tendência de consolidação mostra que a globalização retoma seu ritmo.

"Ainda há muito a fazer", comentou Lee LeBrun, diretor de fusões e aquisições do banco Rothschild. "A única coisa capaz de parar isso é um choque externo ou um choque político, um risco que aumentou. Mas enquanto a música tocar, as pessoas vão continuar dançando."

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