Um dos mais audaciosos empresários da França, o bilionário Vincent Bolloré, que deixou na semana passada a presidência do grupo de mídia Vivendi, foi preso hoje dentro de um inquérito sobre o pagamento de propina a funcionários de governos nacionais na África.
A polícia investiga uma subsidiária do império do bilionário ajudou a manipular eleições na África para conseguir contratos para operar portos no Togo e na Guiné. O Grupo Bolloré se apresenta como o maior operador de logística e transportes do continente.
Bolloré está detido em Nanterre, uma cidade-satélite de Paris, lidera um império industrial que vai da mídia e propaganda à construção civil e navegação. Como acionista majoritário da Vivendi, o Grupo Bolloré controla as empresas Havas, Canal Plus e Universal. A Vivendi tem ainda 23,9% do capital da Telecom Italia.
A suspeita é que a Havas cobrou abaixo do preço de mercado por seus serviços, em 2009 e 2010, para ajudar candidatos a presidente a chegar ao poder para ganhar os contratos de operação dos portos de Conacri, a capital da Guiné, e Lomé, a capital do Togo.
É uma empresa dirigida por Yannick Bolloré, filho de Vincent, que na semana passada assumiu o comando do grupo Vivendi em substituição ao pai.
Em nota, "o Grupo Bolloré nega formalmente que sua companhia subsidiária na África SDV tenha cometido irregularidades. Os serviços relativos a essas faturas foram realizados com toda a transparência."
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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