A ex-presidente da Coreia do Sul Park Geun Hye, afastada há um ano num processo de impeachment, foi condenada hoje a 24 anos de prisão e multa equivalente a R$ 57 milhões por coação, abuso de poder e corrupção.
Junto com a amiga e confidente Choi Soon Il, ela conspirou para cobrar propina de grandes empresas sul-coreanas, inclusive da Samsung, a maior de todas, num total de US$ 40 milhões, cerca de R$ 135 milhões.
O Ministério Público denunciou Park por 31 crimes e pediu 30 anos de prisão e multa de US$ 120 milhões. Choi foi sentenciada a 20 anos de cadeia em fevereiro de 2018. Park, presa desde março de 2017, depois de uma série de manifestações de rua na Revolução à Luz de Velas, nega todas as acusações contra ela.
Filha do ditador Park Chung Hee (1961-79), Park Geun Hye foi a primeira mulher eleita presidente da Coreia do Sul e a primeira chefe de Estado a ser impedida num julgamento político. Pela lei sul-coreana, o impeachment precisa ser aprovado por dois terços da Assembleia Nacional e confirmado por dois terços da Suprema Corte.
Seu antecessor, Lee Myung Bak, está sendo processado por abuso de poder, aceitar propina, desfalque e evasão fiscal. Dois líderes anteriores foram condenados por traição e corrupção. Um pegou pena de morte, mas no fim ambos foram perdoados.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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