Um duplo atentado terrorista matou pelo menos 26 pessoas hoje em Cabul, a capital do Afeganistão, inclusive nove jornalistas que foram para o local depois da primeira explosão. Um homem-bomba disfarçado de cinegrafista se infiltrou entre os repórteres para matá-los. A organização terrorista Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelo ataque, noticiou a agência Reuters.
O duplo atentado foi realizado na chamada Zona Verde da capital afegã, onde ficam a Embaixada dos Estados Unidos e o quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no Afeganistão. O alvo seria o serviço secreto afegão. É mais um sinal das ofensivas de grupos terroristas como o Estado Islâmico e os Talebã, que retomaram a guerra na primavera depois de uma trégua forçada pelo inverno.
O representante das Nações Unidas no país, Tadamichi Yamamoto, deplorou o ataque deliberado contra jornalistas. Oito repórteres mortos eram afegãos, informou a televisão americana CNN.
As duas explosões, onze dias depois de um ataque que matou 60 pessoas numa fila de alistamento eleitoral, revelam a insegurança na cidade 16 anos e meio depois da intervenção militar americana para punir os responsáveis pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.
Horas antes dos atentados em Cabul, um terrorista suicida atacou um comboio militar na província de Kandahar, no Sul do Afeganistão, matando 11 crianças de uma escola religiosa próxima.
Num incidente isolado, Ahmed Shah, um jornalista afegão que trabalhava para a rádio e televisão pública britânica BBC foi morto a tiros na província de Khost.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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