O presidente Donald Trump anunciou há pouco na Casa Branca que mandou a Força Aérea dos Estados Unidos bombardear a Síria, com o apoio da França e do Reino Unido, em retaliação a um ataque com armas químicas contra os rebeldes na cidade de Duma que deixou 60 mortos e mil feridos. A ditadura síria declarou que a defesa antiaérea está reagindo a um ataque.
No ano passado, o bombardeio se limitou à base aérea de Chairat, na província de Homs, no Centro do país, de onde teriam partido os aviões que lançaram armas químicas em Khan Cheikhun. Desta vez, foram atacados pelo menos três locais de Damasco, a capital da Síria. O ditador teria saída da capital para não ser alvo do bombardeio aliado.
Trump afirmou que os alvos são arsenais e centros de pesquisa e produção de armas químicas. Mas ninguém sabe ao certo onde estão os arsenais químicos da ditadura de Bachar Assad. O secretário da Defesa, James Cachorro Louco Mattis, revelou que também foram atacadas bases de onde partiram os bombardeios químicos e que "esta onda de ataques está encerrada".
Mattis pediu a "todas as nações civilizadas que ajudem a acabar com a guerra civil na Síria" e no cumprimento dos acordos internacionais que proíbem o uso de armas químicas. Acrescentou que "os alvos atingidos hoje à noite foram escolhidos para reduzir a capacidade da Síria de usar armas químicas."
Depois de um ataque químico a Guta em 21 de agosto de 2013, quando 1.729 pessoas foram mortas, a Síria prometeu destruir todas suas armas químicas para evitar uma represália do então presidente americano, Barack Obama. A Rússia negociou um acordo para poupar Assad, mas novos ataques químicos indicam que o desarmamento foi apenas parcial.
As televisões mostram imagens de aviões bombardeiros decolando de uma base britânica na ilha de Chipre. Também estão sendo disparados mísseis de navios de guerra estacionados no Mar Mediterrâneo.
Tanto a Síria quanto a Rússia negam que tenha ocorrido um ataque com armas químicas, reafirmou o ministro do Exterior russo, Serguei Lavrov, citado pelo jornal The Washington Post. Trump responsabilizou diretamente a Rússia e o Irã, os maiores aliados de Assad, pelo bombardeio químico.
Cerca de 2 mil soldados americanos estão na Síria combatendo a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante. Podem ser alvo de retaliações.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário