Além do genocídio dos rohingyas, outro conflito étnico põe milhares de pessoas em fuga em Mianmar por causa da ofensiva do Exército contra os rebeldes da minoria kachin no Noroeste do país, junto à fronteira com a China, informaram as Nações Unidas.
Desde abril, mais de 4 mil pessoas fugiram de suas casas, diante do agravamento do longo conflito entre forças governamentais e o Exército Independente Kachin. Os militares estão bombardeando os kachins com artilharia e a Força Aérea.
Um cessar-fogo foi rompido em 2011. Os kachins são uma minoria cristã num país budista onde a ditadura militar historicamente discriminou as minorias religiosas e agora, mesmo sob um governo parcialmente eleito, o Exército massacrou a minoria muçulmana rohingya, deflagrando a fuga de 600 mil pessoas.
A crise dos rohingya abalou o prestígio e a honra da principal líder política de Mianmar, Aung San Suu Kyi, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz 1991 por sua luta contra a ditadura militar.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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