A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), um clube de países industrializados, reduziu hoje sua previsão de crescimento mundial para 2014 feita em novembro passado de 3,6% para 3,4%. Para 2015, foi mantida uma expectativa de aceleração para 3,9%. A expectativa para o Brasil foi rebaixada de 2,2% para 1,8% em 2014 e de 2,5% para 2,2% em 2015.
Na última edição de sua Perspectiva Econômica Mundial, divulgada hoje, a OCDE observa que a recuperação "ganhou dinamismo" nos países ricos, mas "persistem riscos significativos", no momento "mais equilibrados", distribuídos mais equitativamente entre países desenvolvidos, que voltam a crescer, e em desenvolvimento, que enfrentam uma desaceleração, como Brasil, China e Índia.
Para os BRIICS (Brasil, Rússia, Índia, Indonésia, China e África do Sul), a estimativa é de 5,3% em 2014 e 5,7% em 2015.
"A economia brasileira perdeu impulso, apesar da inflação permenecer renitentemente acima do centro da meta. A política monetária mais apertada, a menor demanda externa e as incertezas geradas pela eleição presidencial devem pesar sobre a atividade em 2014", entende a OCDE.
"Em 2015, o crescimento brasileiro deverá aumentar um pouco, mas com restrições persistentes de oferta, inclusive um mercado de trabalho apertado e a necessidade de políticas macroeconômicas para segurar a demanda doméstica", prevê o estudo.
O "grande desafio" da China, prestes a se tornar a maior economia do mundo pelas projeções do Banco Mundial, é administrar a desaceleração do crescimento espetacular das últimas décadas.
"A retomada da atividade deverá ser menos marcada na Zona do Euro, onde o desemprego vai continuar elevado e as pressões deflacionistas vão se dissipar lentamente", diz o relatório. "O reforço do saneamento orçamentário trará dinamismo ai crescimento do Japão", previsto para 1,2% neste ano e no próximo, mas a luta contra a deflação terá de continuar. A inflação deve chegar a 2,6% em 2014, mas baixar para 2% em 2015.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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