A nova Avaliação Nacional da Mudança do Clima, divulgada hoje pelo governo dos Estados Unidos, afirma que os americanos já estão sentindo os efeitos do aquecimento global em fenômenos climáticos radicais como a supertempestade Sandy, o rigoroso inverno, os tornados no Meio-Oeste, a seca e o número recorde de incêndios florestais em estados do Oeste, e a elevação do nível do mar no Leste de Norfolk a Miami.
"O relatório confirma um número de coisas quejá sabíamos", declarou a professora Katharine Hayhoe, da Universidade Politécnica do Texas, coautora de um dos capítulos. "Mas há novos aspectos. Por muito tempo, vimos a questão da mudança do clima como algo distante que afeta ursos polares e talvez seja uma preocupação para nossos filhos e netos. Isto mostra que não é apenas uma questão futura. É importante hoje. Muita gente está sentindo os efeitos."
Em 1896, a tese de que o aumento da concentração de gás carbônico na atmosfera por causa da Revolução Industrial levaria ao aquecimento global foi apresentada pela primeira vez pelo sueco Svante Arrhenius, um dos pais da química moderna, formulador da teoria sobre ácidos e bases e ganhador do Prêmio Nobel de Química de 1903.
Nos EUA, a década iniciada em 2000 foi a mais quente da história, e 2012, ano de uma prolongada seca no verão e da supertempestade Sandy, o ano mais quente até hoje no país. A temperatura média é hoje 1,3ºC a 1,9ºC maior do que em 1895. A maior parte do aumento (80%) ocorreu nos últimos 44 anos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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