Depois de uma semana de intensos combates, o Exército da Síria bombardeou hoje a cidade estratégica de Al-Kussair, que fica no Leste do país, perto da fronteira com o Líbano. A ditadura de Bachar Assad conta com o apoio da milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá (Partido de Deus) e da brigada Al-Kods, tropa de elite da Guarda Revolucionária do Irã.
Enquanto a televisão estatal fala num avanço gradual das forças governistas, os rebeldes afirmam que estão mantendo suas posições. A cidade é estratégica por fica num corredor próximo à fronteira do Líbano, na região onde se concentra a minoria alauíta, dominante no regime sírio.
Pelo menos quatro pessoas foram mortas hoje pelo fogo de franco atiradores, elevando para mais de 100 o total de mortos em uma semana de batalha em Al-Kussair, além de mais de 200 feridos. Só o Hesbolá perdeu 79 homens.
Hoje o líder do Hesbolá, xeque Hassan Nasrallah, reafirmou o compromisso de lutar até o fim por seu aliado e patrocinador Bachar Assad.
Com a intervenção decidida do Hesbolá, a guerra civil síria vazou para o Líbano, acirrando o conflito sectário entre sunitas e xiitas. Alguns rebeldes que fugiram da Batalha de Al-Kussair se juntaram aos salafistas de Trípoli, a segunda maior cidade libanesa, para impedir o Hesbolá de se concentrar apenas na guerra civil síria. Pelo menos três soldados do Exército do Líbano foram mortos em choques na cidade.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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