O governo da Síria colocou mísseis terra-terra Tichrin em posição para atacar Telavive se Israel fizer novo bombardeio contra território sírio, revelaram imagens de satélite. Um oficial israelense advertiu o regime de Damasco de que uma ação contra Israel terá sérias consequências.
Apesar de nunca terem assinado um acordo de paz, Israel e a Síria não se atacaram diretamente da Guerra do Yom Kippur, em 1973, até o início da guerra civil síria, há dois anos. Desde então, Israel respondeu a ataques nas Colinas do Golã e bombardeou território sírio pelo menos duas vezes com a Força Aérea.
Mesmo que Israel não queira derrubar a ditadura de Bachar Assad, inclusive por temer o que viria depois, o envolvimento israelense aumenta o risco de internacionalização do conflito.
Um dos ataques foi contra um depósito do aeroporto de Damasco onde estariam armazenados mísseis iranianos a serem enviados à milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá, que participa cada vez mais da guerra civil síria ao lado da ditadura.
Com forte apoio do Hesbolá, o Exército da Síria chegou hoje ao centro de Al-Kussair, uma cidade estratégica próxima da fronteira com o Líbano. Pelo menos 30 milicianos do Hesbolá e 20 soldados sírios teriam sido mortos na batalha.
Nas últimas semanas, o governo sírio retomou várias áreas que estavam em poder dos rebeldes. O regime se beneficia do apoio da Rússia e do Irã. Com menos pressão diplomática, os rebeldes divididos e uma sociedade internacional incapaz de articular um processo de paz, a ditadura de Assad se fortalece.
Em entrevista ao jornal argentino Clarín, o ditador deixou claro mais uma vez não ter a menor intenção de negociar.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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