Apesar da recuperação dos Estados Unidos e do Japão, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziu sua expectativa de crescimento para a economia mundial prevendo um agravamento da recessão na Europa. O desemprego elevado continuará sendo o maior desafio para os países ricos.
A OCDE, um clube de países industrializados com sede em Paris, rebaixou de 3,4% para 3,1% sua previsão para o crescimento global em 2013 e de 4,2% para 4% sua expectativa para 2014, na comparação com a perspectiva econômica de seis meses atrás.
Para o Brasil, o crescimento esperado é de 2,9% em 2013 e de 3,5% em 2014.
Na Zona do Euro, a recessão em 2013 será de 0,6%, em vez de 0,1% como esperado antes. A região volta a crescer, 1,1%, em 2014.
Os EUA, derrubado o "muro orçamentário" com a previsão do Escritório de Orçamento do Congresso de forte queda no déficit público, devem avançar 1,9% em 2013 e 2,8% em 2014, na maior expansão desde 2005.
Com o programa de estímulo do primeiro-ministro Shinzo Abe, o Japão deve crescer 1,6% em 2013 e 1,4% em 2014.
"A economia global está se fortalecendo gradualmente, mas a retomada continua fraca e desigual", declarou o secretário-geral da OCDE, o espanhol Ángel Gurría ao lançar o relatório.
Sobre o Brasil, a OCDE observa que, "desde o fim de 2011, estímulos fiscais e monetários sustentam uma recuperação gradual, embora indicadores de curto prazo apontem incertezas significativas. Depois de vários anos dentro da faixa de tolerância, a inflação ultrapassou os 6,5% ao ano, limite superior da margem de tolerância a ser atingida no fim do ano, e as expectativas para a inflação em 2013 e 2014 permanecem acima da meta de 4,5% ao ano. O influxo de investimentos de carteira diminuiu e as medidas macroprudenciais adotadas para controlá-los foram desativados.
"A taxa básica de juros foi elevada em abril e a previsão é de novas altas para trazer a inflação de volta para a meta até o fim de 2014. Para incentivar o crescimento, os gargalos estruturais precisam ser reduzidos através de melhorias na infraestrutura, uma carga fiscal menor, menor complexidade do sistema de impostos e maior desenvolvimento do financiamento de longo prazo no mercado financeiro privado. Medidas para reduzir a concorrências das importações tendem, a médio prazo, a prejudicar a competitividade e devem ser reconsideradas."
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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