O Paraguai apoia o candidato mexicano Herminio Blanco contra o embaixador brasileiro Roberto Azevêdo na votação final para escolher o próximo diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), a ser realizada nesta terça-feira, 7 de maio, em Genebra, na Suíça.
Mesmo que o governo brasileiro garanta ter mais do que os 80 votos necessários, a decisão revela o descontentamento paraguaio com o Brasil. Desde o golpe contra o presidente Fernando Lugo, no ano passado, o Paraguai está suspenso do Mercosul. Numa manobra oportunista, essa ausência foi usada por Brasil e Argentina para colocar a Venezuela sem a devida aprovação pelo Senado do Paraguai.
Um novo presidente paraguaio, Horacio Cartes, sobre o qual pesam pesadas denúncias de tráfico e contrabando, foi eleito em 21 de abril de 2013. Quando tomar posse, uma normalização da democracia permitiria a volta do país ao bloco. Mas o que se discute é o ingresso do Equador, governado por Rafael Correa, ligado ao grupo bolivarista criado pelo falecido presidente venezuelano Hugo Chávez.
No momento, Bolívia, Chile, Colômbia e Equador são membros associados do Mercosul. Fazem parte da zona de livre comércio, mas não são membros plenos, não participando das decisões mais importantes do bloco.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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