Para impedir uma intervenção militar ocidental na Síria, a Rússia está vendendo sistemas avançados de defesa antiaérea à ditadura de Bachar Assad. Israel, que atacou a Síria sem reação nos últimos anos, protestou.
O negócio foi anunciado oficialmente hoje, um dia depois que a União Europeia suspendeu o embargo à venda de armas à Síria. Isso permitiria a países interessados em armar os rebeldes que lutam contra o regime, como a França e o Reino Unido.
A Rússia alega estar vendendo armas para um governo legítimo. Ignora as alegações dos Estados Unidos e da Europa de que seu aliado Assad perdeu a legitimidade ao atacar seu próprio povo sistematicamente.
Desde a Guerra Fria, a Rússia mantém uma base naval na Síria, sua única no Mar Mediterrâneo. Não quer perder o aliado nem a base, muito menos ver o aumento da influência ocidental no Oriente Médio.
Ao mesmo tempo, a Síria é a única aliada árabe do regime fundamentalista do Irã, que apoia Assad com armas e tropas de elite de sua Guarda Revolucionária. A milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá, patrocinada pelo Irã e a Síria, também entrou decidicamente na guerra civil nas últimas semanas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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