Com o desenvolvimento da tecnologia de fraturamento hidráulico para explorar o xisto betuminoso, a indústria de petróleo e gás da América do Norte deve liderar o crescimento da produção mundial nos próximos cinco anos, previu hoje a Agência Internacional de Energia, que reúne os grandes países consumidores. Perde espaço a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), dominante desde a primeira crise do petróleo há 40 anos.
"O aumento da oferta está sendo mais rápido do que previsto anteriormente e ao mesmo tempo o contrário pode ser dito sobre o crescimento da capacidade produtiva da OPEP, que agora parece estagnada em álgumas áreas", comentou a diretora-executiva AIE, Maria van der Hoeven.
No ano passado, a AIE previu que os Estados Unidos podem voltar a ser o maior produtor de energia até 2020, superando a Arábia Saudita, ainda que temporariamente.
Neste ano de 2013, a AIE espera que a procura pelo petróleo da OPEP caia abaixo de 30 milhões de barris por dia, o limite fixado pela própria organização. A expectativa é de que essa tendência se mantenha até 2018.
Essas mudanças e o contínuo aumento do consumo na Ásia vão orientar o mercado nos próximos anos. "Dificilmente algum aspecto da cadeia produtiva de petróleo vai permanecer inalterado nos próximos cinco anos, com consequências significativas para a segurança e a economia global", prevê a AIE.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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