Graças ao programa de estímulo do primeiro-ministro Shinzo Abe, a economia do Japão, a terceira maior do mundo, cresceu 0,9% no acumulado nos três primeiros meses do ano e 3,5% na taxa anualizada, acima da previsão média dos economistas, que era de 2,7% ao ano. É o maior índice entre os países do Grupo dos Sete (G-7), que reúne as maiores potências industriais do mundo capitalista (EUA, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Canadá).
A alta do trimestre anterior, o último de 2012, foi revisada para 0,3%.
No primeiro trimestre de 2013, as exportações avançaram 3,8%, superando a alta de 1% nas importações. O consumo pessoal cresceu 0,9%, mesmo ritmo da expansão do produto interno bruto.
Ao assumir pela segunda vez a chefia do governo japonês, Abe anunciou um programa agressivo de compra do equivalente a US$ 85 bilhões por mês em títulos públicos para jogar mais dinheiro em circulação. O objetivo é tentar romper o ciclo de estagnação e deflação que paralisa a economia do Japão desde 1991, quando estourou a bolha especulativa dos anos 80.
Com o aumento da quantidade de moeda em circulação, o iene se desvalorizou. A cotação do dólar passou de 100 ienes, aumentando a competitividade das exportações japonesas.
Mesmo assim, a expectativa dos economistas é de que o Japão feche o ano com crescimento abaixo do seu potencial de longo prazo, que seria de 2% ao ano. No primeiro trimestre, os EUA avançaram num ritmo anual de 2,5%, abaixo dos 3,5% anunciados hoje pelo Japão, enquanto a Zona do Euro recuou 0,2% e a União Europeia como um todo 0,1% na comparação com o trimestre anterior.
A deflação resiste. Nos últimos 12 meses até o fim de março, os preços caíram 1,2%.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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