Pela primeira vez na história, o barril de petróleo West Texas, do Golfo do México, foi negociado hoje acima de US$ 100 na Bolsa Mercantil de Nova Iorque. Depois, caiu um pouco, fechando em US$ 99,62, com alta de US$ 3,64.
Este preço ainda é considerado inferior ao recorde de abril de 1980, que equivaleria a US$101,70, com a correção devida à variação cambial.
Com a queda do dólar, que chegou a US$ 1,475 por euro, e a alta do petróleo, a Bolsa de Valores de Nova Iorque sofreu uma queda de 220,86 pontos (1,7%), fechando em 13.043,96.
Os analistas de mercado atribuíram a alta do petróleo a um movimento especulativo causado pela violência política no Quênia, a redução dos estoques americanos no início do inverno no Hemisfério Norte e a fragilidade do dólar.
Essa fuga do dólar aumentou também o preço do ouro.
Em Londres, o petróleo padrão do Mar do Norte, tipo Brent, subiu US$3,99 para US$97,84. O ouro atingiu a cotação nominal recorde de US$ 861,10 pela onça de 28,35 gramas, batendo os US$ 850 de janeiro de 1980, quando o dólar valia muito mais.
Desde 2000, os preços do petróleo triplicaram por causa do aumento da demanda na China, da redução dos estoques, da desvalorização do dólar e da instabilidade política em países exportadores, e especialmente da invasão do Iraque.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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