O ex-secretário-geral das Nações Unidas Kofi Annan está pressionando o presidente Kwai Kibaki, e o líder da oposição no Quênia, Raila Odinga, a nomear representantes para negociar a paz e acabar com a onda de violência que matou cerca de 800 pessoas desde a eleição presidencial de 27 de dezembro, denunciada pela oposição como fraudulenta.
Desde domingo, cerca de 100 quenianos foram mortos em conflitos tribais entre os quicuios, que dominam a economia e a política do país mais rico do Leste da África, e os luos, etnia de Odinga. Essas tribos nunca se reconciliaram dos conflitos estimulados pelo Império Britânico para dividir a população local, exacerbados por políticos desde a independência do país, em 1963.
"O que é mais alarmante nos últimos dias é que evidentemente há mãos ocultas organizando a violência agora", observou o ministro britânico para a África, Mark Malloch Brown. "As milícias estão aparecendo e os alvos são muito específicos".
Ambos os lados se acusam de genocídio.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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