Na sua guerrinha fria com o Reino Unido desde o assassinato em Londres do ex-espião russo naturalizado britânico Alexander Litvinenko, em novembro de 2006, a Rússia fechou todos os escritórios no país do Conselho Britânico, um órgão de promoção cultural da Grã-Bretanha.
O ministro do Exterior britânico, David Miliband, acusou a Rússia de ressuscitar os métodos da Guerra Fria, a grande confrontação entre capitalismo e comunismo que marcou a história da segunda metade do século 20, considerando a atitude russa "repreensível".
Em Moscou, o governo russo alegou que "tentativas de politizar o tema de parte dos britânicos, de distorcer os fatos e de usar uma retórica negativa não ajudam a melhorar as relações bilaterais.
Litvinenko, ligado a líderes da oposição russa como o megaempresário Boris Berezovski, foi envenenado em Londres pelo elemento radioativo Polônio-210 e agonizou durante três semanas.
O principal acusado pela polícia britânica pelo assassinato, Andrei Lugovoi, outro ex-agente russo, foi eleito deputado federal da Duma do Estado (Câmara) em dezembro do ano passado. Goza, agora de imunidade parlamentar. Mas é claro que o Kremlin nunca pensou em extraditá-lo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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