quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Fraude dá prejuízo de US$ 7,2 bi a banco francês

O banco Société Générale, o segundo maior da França, teve um prejuízo de 4,9 bilhões de euros (US$ 7,2 bilhões) por causa de uma fraude realizada por um operador desonesto.

Jérôme Kerviel, de 31 anos, está desaparecido. Ele trabalhava na mesa de operações do mercado europeu de derivativos, em Paris, e foi descrito pelo presidente do Banco da França como um "gênio da fraude". Foi descoberto quando um supervisor descobriu uma transação acima do valor-limite estipulado pelo banco e deu o alerta.

Depois do anúncio, a negociação de ações do banco foi suspensa.

Em entrevista à TV britânica BBC, o ex-corretor Nick Leeson, que quebrou em 1995 o Barings, o mais antigo banco de investimentos do centro financeiro de Londres, com um prejuízo de 900 milhões de libras (US$ 1,4 bilhão pelo câmbio da época) na sua filial em Cingapura, tentou explicar como esses processos acontecem.

É um ambiente ultracompetitivo, onde operadores inteligentes ganham fortunas e manipulam quantias formidáveis, mas também de alto risco.

Para um corretor de prestígio, que conhece o funcionamento do sistema, é enorme a tentação de esconder suas perdas. Ou seja: faltou supervisão. Leeson era um livre-atirador.

Quando os prejuízos aumentaram, a única alternativa a assumir a perda era fazer apostas ainda mais altas, na expectativa de se recuperar. Sem sucesso, cresce o passivo.

Aparentemente, Kerviel não se beneficiou de suas fraudes.

Nenhum comentário: