O banco Société Générale, o segundo maior da França, teve um prejuízo de 4,9 bilhões de euros (US$ 7,2 bilhões) por causa de uma fraude realizada por um operador desonesto.
Jérôme Kerviel, de 31 anos, está desaparecido. Ele trabalhava na mesa de operações do mercado europeu de derivativos, em Paris, e foi descrito pelo presidente do Banco da França como um "gênio da fraude". Foi descoberto quando um supervisor descobriu uma transação acima do valor-limite estipulado pelo banco e deu o alerta.
Depois do anúncio, a negociação de ações do banco foi suspensa.
Em entrevista à TV britânica BBC, o ex-corretor Nick Leeson, que quebrou em 1995 o Barings, o mais antigo banco de investimentos do centro financeiro de Londres, com um prejuízo de 900 milhões de libras (US$ 1,4 bilhão pelo câmbio da época) na sua filial em Cingapura, tentou explicar como esses processos acontecem.
É um ambiente ultracompetitivo, onde operadores inteligentes ganham fortunas e manipulam quantias formidáveis, mas também de alto risco.
Para um corretor de prestígio, que conhece o funcionamento do sistema, é enorme a tentação de esconder suas perdas. Ou seja: faltou supervisão. Leeson era um livre-atirador.
Quando os prejuízos aumentaram, a única alternativa a assumir a perda era fazer apostas ainda mais altas, na expectativa de se recuperar. Sem sucesso, cresce o passivo.
Aparentemente, Kerviel não se beneficiou de suas fraudes.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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