Em uma demonstração de força, o presidente Álvaro Uribe decidiu pressionar as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Mandou o Exército cercar as áreas onde a guerrilha esquerdista mantêm reféns para forçá-las a negociar sua libertação.
"A instrução para a força pública é localizar os lugares onde estão os seqüestrados, cercá-los e, no momento em que estiverem sitiados, convocar a comunidade nacional e internacional para definir um procedimento humanitário para a libertação total", declarou o presidente colombiano no sábado, 26 de janeiro de 2008.
Isto pode deteriorar ainda mais as relações com a Venezuela, onde o presidente Hugo Chávez acusou ontem a Colômbia de querer uma guerra contra a Venezuela
Ao negociar a libertação de duas reféns, Clara Rojas e Consuelo González de Perdomo, Chávez mostrou estar mais próxima da guerrilha do que do governo colombiano, especialmente ao pedir à sociedade internacional que não considere mais as FARC um grupo terrorista e as declare "forças beligerantes".
As FARC querem trocar 43 políticos seqüestrados por 500 guerrilheiros presos e têm em Chávez seu principal aliado. Para negociar, exigem a desmilitarização dos municípios de Florida e Pradera. Uribe rejeita esta reivindicação. Alega que daria uma vantagem militar à guerrilha.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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