No seu último discurso sobre o Estado da União, uma prestação de contas que o presidente dos Estados Unidos faz todos os anos no Congresso, George Walker Bush concentrou-se nas duas questões que definirão seu legado: a economia e a guerra no Iraque.
Sem novas idéias nem projetos, Bush insistiu na fórmula de cortar impostos para estimular a economia e defendeu a decisão de invadir o Iraque e derrubar Saddam Hussein.
Bush disse que os EUA são "guiados pela filosofia que se baseia no poder do indivíduo, na sabedoria coletiva dos cidadãos comuns". Isso implica "confiar em que as pessoas sabem o que fazer com seu próprio dinheiro".
Num ataque os aspirantes à candidatura do Partido Democrata à eleição presidencial de novembro, Bush declarou que "há quem diga estar preparado para pagar mais impostos". Ele ameaçou vetar aumentos de impostos e de gastos com emendas parlamentares para financiar pequenos projetos em seus distritos eleitorais.
"Precisamos de escolha do consumidor, não de controle do governo", afirmou o presidente americano para argumentar que os cortes de impostos que propôs se tornem permanentes.
Em política externa, propôs a "expansão do império da liberdade", lembrando que cerca de 40 países lutam ao lado dos EUA contra a milícia fundamentalista dos talebã e a rede terrorista Al Caeda no Afeganistão. Exaltou ainda o sucesso de sua estratégia de reforço das tropas americanas no Iraque, anunciada um ano atrás.
"Os iraquianos estão assumindo o controle de suas vidas. Um Iraque livre vai negar refúgio a Al Caeda", falou Bush, lembrando que no final de 2006 os sunitas se rebeleram contra Al Caeda e passaram a apoiar os EUA.
Também defendeu a criação de um Estado palestino democrático até o final do ano e disse que os EUA se opõem às ditaduras de Cuba, Zimbábue, Bielorrúsia e Birmânia.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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