Israel quer cortar suas ligações com a Faixa de Gaza, controlada pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), afirmou hoje o vice-ministro da Defesa israelense, Matan Vilnai.
Militantes do Hamas destruíram ontem um trecho do muro que separa o território do Egito, permitindo a saída de até centenas de milhares de palestinos que sofrem com um bloqueio imposto por Israel em retaliação contra os ataques de foguete.
Milhares de palestinos voltaram a atravessar nesta quinta-feira, 24 de janeiro, a fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito, aberta ontem pela explosão de um muro.
O Hamas pagou os salários de seus 16 mil funcionários em Gaza. Com as lojas vazias por causa do bloqueio israelense, que permite apenas o ingresso de uma quantidade limitada de combustíveis, e a explosão do muro, a saída foi comprar no Egito.
Agora, Israel quer transferir para o Egito serviços como suprimento de água, energia e medicamentos, explicou o vice-ministro da Defesa: "É preciso entender que, quando Gaza está aberta para o outro lado, perdemos a responsabilidade por ela. Então, queremos nos desligar.
Um porta-voz do Hamas, que assumiu o controle total de Gaza em junho de 2007, depois de derrotar as forças da Fatah (Luta), do presidente palestino, Mahmoud Abbas, alegou que Israel não pode se eximir de responsabilidade "porque Gaza ainda é um território ocupado". Mas a idéia não agradou um assessor de Abbas, que vê uma tentativa de Israel de separar Gaza da Cisjordânia, o outro território palestino ocupado.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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