segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

EUA estão em recessão, dizem analistas

A maior economia do mundo entrou em recessão, afirmaram nesta segunda-feira analistas dos bancos de investimentos americanos Merrill Lynch e Morgan Stanley.

Já o banco Goldman Sachs estima que o prejuízo da crise de crédito hipotecário iniciada pela inadimplência dos tomadores de empréstimos de segunda linha para compra de casa própria chegue a US$ 2 trilhões.

"O relatório econômico da sexta-feira confirmou nossas suspeitas de que a economia se encaminhava para uma recessão oficial no final do ano", declarou Rosenberg, do Merrill Lynch.

Na sexta-feira, o Departamento de Comércio dos Estados Unidos revelou que a economia americana só gerou 18 mil novos empregos em dezembro. A taxa de desemprego passou de 4,7% para 5% da população em idade de trabalhar.

"Em nenhum momento dos últimos 60 anos, a taxa de desemprego cresceu 0,60 ponto percentual na parte baixa do ciclo sem que a economia escorregasse para a recessão", argumentou. "Aqui, temos o índice chegando a 5% em dezembro, em comparação com 4,4% em março passado".

Os economistas Richard Berner e David Greenlaw, do banco Morgan Stanley, manifestaram a mesma preocupação: "A questão central é quão profunda e quão longa será a recessão".

Esse pessimismo atingiu também o presidente da filial do Federal Reserve Board (Fed), o banco central americano, em Atlanta, na Geórgia. Em discurso no Rotary Club de Atlanta, Dennis Lockhart admitiu hoje que "os aspectos negativos estão ganhando impulso na nossa economia. Estas circunstâncias exigem que os formuladores de política estejam preparados para responder pragmaticamente".

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