domingo, 13 de janeiro de 2008

Chávez provoca mal-estar na Colômbia

O governo, a oposição e a Igreja da Colômbia reagiram contra a declaração do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, de que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) não são um grupo terrorista.

"As FARC devem mostrar que não são terroristas", declarou o ex-presidente Andrés Pastrana, ele próprio vítima de um seqüestro.

Para a ex-refém Clara Rojas, candidata à vice-presidente em 2002 seqüestrada naquele ano e recém-libertada, trata-se de uma "organização delituosa".

Um dia depois da libertação de Clara e da ex-deputado Consuelo González, Chávez afirmou que as FARC não devem ser consideradas terroristas mas "um grupo insurgente com um projeto bolivarista".

Para o caudilho venezuelano, as FARC e o Exército de Libertação Nacional (ELN), outro grupo guerrilheiro de esquerda colombiano, "são verdadeiros exércitos, que ocupam território na Colômbia... É preciso lhes dar reconhecimento. São forças insurgentes que têm um projeto político, um projeto bolivarista que aqui é respeitado".

Como o presidente Álvaro Uribe está rompido com Chávez, coube ao ex-presidente Pastrana dar o troco: "Sinto vergonha que um presidente amigo como é Hugo Chávez esteja intervindo em assuntos internos da Colômbia [...]. Se houve algo a que dediquei muito tempo nos meus quatro anos de governo foi a tirar a imagem de «Robin Hood» que as FARC tinham na Europa".

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