O ministro da Defesa, Nelson Jobim, inicia no Chile em 3 de dezembro uma série de contatos com seus colegas da América do Sul para dar uma dimensão regional à política de defesa.
Na sua opinião, é preciso definir se o Brasil vai ser ou não protagonista. Com a aspiração a um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, o país precisa assumir responsabilidades internacionais, como faz na missão de paz da ONU no Haiti.
"Historicamente, o Brasil ficou de costas para a América Hispânica, pelo menos até 1946", lembrou o ministro na 4ª Conferência do Forte de Copacabana, organizada pela União Européia, a Fundação Konrad Adenauer, o Centro de Estudos das Américas da Universidade Cândido Mendes, a Cátedra Mercosul da Sciences Po (Faculdade de Ciência Políticas de Paris) e o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Centro Brasileiro de Relações Internacionais). "Precisamos ser um pólo das decisões mundiais. Para isso, precisamos de uma formulação continental, uma integração das políticas de defesa".
Jobim disse ter encontrado os ministros da Defesa da Argentina, Nilda Garré, e do Chile, José Goñi, no Haiti, onde também fazem parte da missão da ONU. Explicou que vai começar seus contatos regionais pelo Chile porque a Argentina está em transição do governo Néstor Kirchner para o de sua mulher, Cristina Kirchner, que agora já confirmou Nilda Garré no cargo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
Defesa deve ter uma dimensão sul-americana
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