Depois de um intenso tiroteio verbal nos últimos sete dias, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou ontem o rompimento total de relações com a Colômbia enquanto seu presidente for Álvaro Uribe.
O estopim do conflito foi o anúncio de Uribe, na quinta-feira passada, de que estava suspendendo a mediação de Chávez para libertar reféns seqüestrados pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).
A quatro dias de um referendo sobre uma profunda reforma constitucional que lhe dá superpoderes mas que corre o risco de ser rejeitada, Chávez apelou para seu radicalismo verbal, acirrando um conflito que cria mais um inimigo externo para tentar fazer os venezuelanos cerrar fileiras com seu presidente.
É mais uma briga que o caudilho venezuelano compra na América Latina, depois de afrontar os presidentes do Peru, Alan García; do México, Felipe Calderón; e do Chile, Michelle Bachelet; além do atual e do ex-primeiro-ministro da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero e José María Aznar, e do rei Juan Carlos I.
Mais cedo ou mais tarde, o Brasil, como potência regional em ascensão, terá de mediar este conflito.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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