O ditador do Paquistão, general Pervez Musharraf, deixa nesta quarta-feira o comando do Exército e na quinta-feira, já como civil, deve ser empossado para um terceiro mandato como presidente, anunciou ontem seu porta-voz, Rashid Qureshi.
Musharraf chegou ao poder em 1999, num golpe de Estado contra o primeiro-ministro Nawaz Sharif, que tentara destituí-lo. Como presidente, continuará sendo o comandante supremo das Forças Armadas, a instituição que manda no Paquistão.
Sharif, líder da Liga Muçulmano, um partido islamita moderado, promete liderar uma onda de manifestações de protesto contra o ditador e ameaça boicotar as eleições de 8 de janeiro, se Musharraf não suspender o estado de emergência impostoo em 3 de novembro.
Com medo de uma crise ainda pior no único país muçulmano com armas nucleares, os Estados Unidos articularam um entendimento da principal líder da oposição, a ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, do Partido Popular Paquistanês, com o general Musharraf.
A proposta era manter o ditador na Presidência, dando a chefia do governo a Benazir. Mas a decretação de estado de emergência impediu um acordo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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