quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Ahmadinejad acusa traidores do programa nuclear

Em um sinal da crescente divisão interna do regime dos aiatolás em torno do programa nuclear do Irã, o presidente Mahmoud Ahmadinejad chamou de traidores os críticos de sua política nuclear, entre eles dois ex-presidentes, Ali Akbar Hachemi Rafsankani e Mohamed Khatami.

"Se os agentes locais [do imperialismo ocidental] não pararem com sua pressão, terão seus nomes revelados à nação iraniana", ameaçou o presidente linha-dura em discurso numa universidade. Mas admitiu não poder fazer isso para não ferir "algumas sensibilidades".

Seus comentários foram dirigidos contra setores reformistas e conservadores pragmáticos da república dos aiatolás. Eles acusam a retórica radical e contrária ao diálogo de Ahmadinejad de alimentar ameaças internacionais contra o país por causa da questão nuclear.

"Sabemos que eles estão passando informações para estrangeiros e mesmo encorajando o inimigo a não adiar a aprovação de novas resoluções", protestou.

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, recebeu nesta semana a chanceler (primeira-ministra) da Alemanha, Angela Merkel. Ambos concordaram na necessidade de aprovar novas sanções para forçar o Irã a revelar seus segredos nuclear. O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, tem a mesma posição.

Já o novo presidente francês, Nicolas Sarkozy, foi mais longe ao dizer que a França não aceita um Irã nuclearizado, o que indica que apoiaria até mesmo um bombardeio americano contra as instalações atômicas iranianas, a mesma posição defendida por Israel.

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