Um relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) propõe que países em desenvolvimento como a China e a Índia sejam poupados dos grandes cortes de emissões a serem impostos aos países ricos. A recomendação é que os países em desenvolvimento reduzam suas emissões em 20% até 2050, em contraste com 80% para os países desenvolvidos, responsáveis pela maior parte da poluição da atmosfera até agora.
O relatório deve orientar o debate na conferência internacional a ser realizada a partir da próxima semana em Báli, na Indonésia, para negociar um acordo para substituir o Protocolo de Quioto, que expira em 2012. Mas os Estados Unidos, que não aderiram ao protocolo, negam-se em adotar metas diferenciadas capazes de prejudicar sua economia.
Na terça-feira, um jornal do Partido Comunista chinês responsabilizou os países ricos por 95% das emissões até os anos 50. Mas o principal autor do relatório, Kevin Watkins, considera insuficiente uma estratégia baseada em corte de emissões e negociação das cotas que sobrarem para cada país através de um mercado de créditos de carbono.
Watkins defende a taxação, como propôs o presidente da França, Nicolas Sarkozy. E adverte: "Se os países ricos cortarem suas emissões em 80%, teremos uma chance de 50% de limitar o aumento da temperatura a dois graus centígrados acima dos níveis da era pré-industrial". Este é o limite considerado seguro pelos cientistas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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