Pela segunda noite consecutiva, manifestantes dos subúrbios da periferia norte da Grande Paris enfrentaram a polícia em protesto pela morte de dois adolescentes no domingo à noite numa colisão entre a motocicleta em que andavam e um carro da polícia, na cidade-satélite de Villiers-le-Bel.
Os moradores acusaram os policiais de fugir do local sem prestar socorro às vítimas.
Desde então, os confrontos se espalharam por seis cidades do departamento de Val-d'Oise (Villiers-le-Bel, Sarcelles, Garges-lès-Gonesse, Cergy, Ermont e Goussainville). Pelo menos 50 policiais foram feridos e 60 carros incendiados, assim como uma delegacia de polícia, uma biblioteca e uma revendedora de automóveis.
As cenas lembram os violentos protestos de dois anos atrás, quando dois jovens de origem norte-africana morreram eletrocutados em Clichy-sous-Bois ao fugir da polícia. Na época, o então ministro do Interior, Nicolas Sarkozy, chamou os manifestantes de "escória", piorando ainda mais a situação.
Em 2005, milhares de carros foram incendiados em dias de protesto contra o desemprego e a discriminação. Mas a onda de protestos não atingiu Villiers-le-Bel naquela época.
Agora, como presidente, em nota oficial do Palácio do Eliseu, Sarkozy pediu calma, apelando aos manifestantes para que "esfriem a cabeça e deixem a Justiça decidir quem foi responsável".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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