sexta-feira, 16 de maio de 2008

Reino Unido estima mortes em Mianmar em 200 mil

A junta militar que desgoverna Mianmar, a antiga Birmânia, elevou para 78 mil o número total de mortos e para 56 mil o de desaparecidos no ciclone Nargis, há duas semanas. Mas o governo da Grã-Bretanha, a antiga potência colonial que dominou o país, estima que o total chegue a 200 mil.

Apesar dos renovados apelos de organizações internacionais, a ditadura militar birmanesa insiste em que a operação de socorro aos 2,5 milhões de flagelados vai bem e não precisa da ajuda de pessoal externo.

O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, considerou "desumano" o que os generais birmaneses estão fazendo com seu próprio povo, ao não oferecer o máximo de ajuda possível.

Na Tailândia, o comissário europeu para desenvolvimento e ajuda humanitária, Louis Michel, manifestou mais uma vez a frustração da União Européia: "Queremos ajudar. Nenhum país é capaz de lidar sozinho com uma tragédia dessas dimensões."

Mais quatro aviões militares de transporte C-130 dos Estados Unidos pousaram hoje em Yangum. Metade da carga será entregue diretamente a organizações não-governamentais, declarou Sean McCormack, porta-voz do Departamento de Estado, acrescentado que haveria progresso nas negociações para obter mais vistos para estrangeiros entrarem em Mianmar.

O embaixador da França nas Nações Unidas acusou a ditadura de estar à beira de um "crime contra a humanidade" por não autorizar a entrada no país de um navio francês equipado com helicópteros, pequenos botes e um hospital de campanha: "É operado pela Marinha francesa mas não é um navio de guerra. Ainda estamos tentado conseguir autorização. Espero que não recusem."

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