Dois mísseis antiaéreos Patriota abateram um avião Sukhoi da Força Aérea da Síria que entrou dois quilômetros em território israelense. Um dos pilotos morreu. A ditadura de Bachar Assad afirmou que atacava terroristas em seu território.
Foi o primeiro avião sírio derrubado por Israel desde 2014, quando outro Sukhoi de fabricação russa, foi derrubado. O Exército da Síria acusou Israel de apoiar “terroristas”, expressão que usa para todos os rebeldes que lutam contra a ditadura de Assad.
“Fizemos numerosas advertências por numeros canais em várias línguas para ter certeza de que ninguém viole o espaço aéreo de Israel nem ameace a soberania e civis israelenses”, declarou o tenente-coronel Jonathan Conricus, porta-voz militar de Israel.
A Força Aérea de Israel mantém contatos regulares com a Rússia, que domina o espaço aéreo da Síria desde que interveio na guerra civil do país em 30 de setembro de 2015 para evitar qualquer conflito com Moscou.
De acordo com militares israelenses, o avião sírio decolou na base aérea T-4, que já foi atacada por Israel por causa da presença de soldados iranianos, e voou em “alta velocidade” em direção às Colinas do Golã.
“Israel tem uma política muito clara: a nenhum avião, e certamente a nenhum avião sírio, é permitido entrar em nosso espaço aéreo sem a devida autorização”, afirmou Amos Yadlin, ex-diretor da inteligência militar israelense, à Rádio do Exército.
Em fevereiro, a Síria abatou um caça-bombardeiro F-15 que participava de um ataque aéreo contra uma base ligada ao Irã de onde saíra um drone iraniano que invadiu o espaço aéreo israelense. O piloto e o navegador saíram feridos.
Depois do abate do avião sírio hoje, o alarme antiaéreo soou em Israel nas Colinas do Golã e no Vale do Rio Jordão. Dois mísseis terra-terra disparados da Síria caíram em território sírio. Em 13 de julho, um míssi Patriota de Israel derrubou um drone vindo da Síria que penetrou 10 quilômetros em território israelense.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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