A União Europeia aplicou hoje sua maior multa antimonopólio, de 4,34 bilhões de euros, equivalentes a US$ 5 bilhões, mais de R$ 19 bilhões por manipular o sistema operacional Android, usado em telefones inteligentes, para favorecer seu mecanismo de busca. O Google reagiu alegando que a decisão vai minar seu modelo de negócios.
É a segunda grande multa que a Comissão Europeia, órgão executivo da UE, impõe ao Google. Em junho de 2017, a empresa sofreu uma penalidade por manipular o mecanismo de busca para privilegiar seu serviço de vendas, no valor de 2,4 bilhões de euros.
O Google é alvo de uma terceira investigação por violar os princípios da livre concorrência, relativa à propaganda na Internet, um mercado que domina, ao lado do Facebook.
Grandes empresas americanas como Amazon, Apple, Google e Facebook dominam o mercado da Internet. Até hoje, a Europa não conseguiu criar concorrentes à altura, mas a Comissão de Livre Concorrência está atenta aos abusos do poder de mercado desses gigantes.
No caso do Android, a UE acusa o Google de obrigar os fabricantes de telefones inteligentes que usam o sistema operacional Android a instalar seu serviço de busca, o Google Search, excluindo outras opções, e seu navegador de Internet, o Google Chrome.
A megaempresa americana também é acusada de proibir a instalação de seus aplicativos em outras versões do Android.
Na legislação americana antimonopólio, o objetivo central é impedir que empresas que dominem seus mercados aumentem preços abusivamente. A UE está mais preocupada com a Justiça e a igualdade de oportunidades. Entende que as gigantes americanas impedem o surgimento de empresas com potencial de se tornarem concorrentes. O Facebook, por exemplo, comprou o Instagram e o WhatsApp.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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