A maior economia do mundo teve uma expansão num ritmo de 4,1% ao ano no segundo trimestre de 2018. Foi a maior taxa de crescimento num trimestre desde 2014, no governo Barack Obama, quando chegou a 5,2%.
Os economistas veem o avanço como um reflexo temporário dos cortes de impostos e aumentos de exportações, antecipadas para evitar a alta de tarifas causada pela guerra comercial deflagrada pelo presidente Donald Trump. Não é sustentável.
As exportações tiveram alta de 9,3%. Os importadores compraram soja da China num volume acima do normal para fugir de uma tarifa de 25% imposta por Trump. Com a sobretaxa, os chineses passaram a comprar mais soja do Brasil, mas isso ainda não apareceu porque as tarifas foram impostas em julho.
O investimento das empresas subiu acima de 7%, os gastos públicos 1% e o consumo pessoal 4%, mas a expectativa do consumidor piorou em julho, com a perspectiva de que a guerra comercial aumente preços e abale a economia mundial. No primeiro trimestre, o produto interno bruto crescera num ritmo de 2,2% ao ano.
Com um aumento do consumo pessoal “mais forte do que antecipado”, a economia americana pode avançar 3% ao ano, previu Brian Coulton, economista sênior da empresa de avaliação de risco Fitch Ratings.
Mentindo mais uma vez, o presidente Donald Trump afirmou que os EUA estão crescendo “10 vezes mais” do que nos governos Obama e George W. Bush. Tanto um como o outro registraram taxas de crescimento mais fortes quatro vezes.
A expectativa do mercado é que o Conselho da Reserva Federal (Fed), o banco central dos EUA, mantenha a política de elevação gradual das taxas básicas de juros, noticiou o jornal The Wall Street Journal. Os economistas esperam que elas fiquem inalteradas na reunião da próxima semana e subam 0,25 ponto percentual em setembro para uma faixa de 2% a 2,25% ao ano.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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