Um dia depois de iniciar oficialmente o diálogo com representantes do Dalai Lama e seu governo tibetano no exílio, a imprensa oficial chinesa o acusou de "crimes monstruosos".
No domingo, chineses e tibetanos se encontraram pela primeira vez, em Xenzen, no Sul da China. Na segunda-feira, o jornal Diário do Tibete, porta-voz do governo tibetano linha-dura imposto pela China, disse que, "depois dos incidentes de 14 de março em Lhassa, o Dalai não apenas se nega a assumir seus monstruosos crimes mas continua a perpetuar a fraude".
A reportagem ignora o encontro em Xenzen e mantém a postura da reação inicial do regime comunista chinês quando os protestos pela liberdade do Tibete começaram, em março, de total negação de legitimidade ao movimento ou ao Dalai Lama.
Assim, a reivindicação por "autonomia real" feita pelo Dalai Lama é denunciada como uma fraude para "confundir a opinião pública e incitar a violência étnica", "é uma tentativa de dividir a pátria".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário