O presidente do Timor Leste, José Ramos Horta, ganhador do Prêmio Nobel da Paz 1996, foi baleado duas vezes, pelo menos uma no estômago, esta noite em Dili e está sendo operado em Darwin, na Austrália. Ele levou os tiros durante o ataque de um grupo rebelde à sua residência.
Um guarda-costas do presidente e o líder do grupo rebelde, o major Alfredo Reinado, morreram no ataque.
Colônia portuguesa até o colapso da ditadura salazarista na Revolução dos Cravos, em 1974, o Timor Leste, que ocupa a metade de uma ilha do arquipélago indonésio, foi ocupado militarmente no ano seguinte pela ditadura militar da Indonésia.
Durante duas décadas, o movimento de libertação nacional foi ferozmente reprimido pelos generais javaneses que dominam as Forças Armadas da Indonésia.
A independência do Timor Leste, um dos países mais pobres do mundo, foi marcada por um banho de sangue. Houve forte reação ao plebiscito realizado em 1999.
Depois de três anos de tutela das Nações Unidas, em que teve destaque especial o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, enviado especial da ONU, em 2002 finalmente o Timor Leste conquistou sua independência. Mas é um país pobre, sem recursos, a ponto de seu presidente ser levado para a Austrália para uma cirurgia de emergência que pode lhe salvar a vida.
Com 860 mil habitantes e renda média por habitante de US$ 750 por ano, o país mais novo da sociedade internacional ainda luta pela sobrevivência, como seu presidente.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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