Diante da impossibilidade dos partidos políticos de formar um governo provisório, o presidente da Itália, Giorgio Napolitano, convocou na quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008, eleições parlamentares a serem realizadas em 13 e 14 de abril.
Com a instabilidade crônica da política italiana, que já derrubou 62 governos desde 1945, Napolitano tinha feito uma última tentativa, apelando ao presidente do Senado, Franco Marini, para formar um governo provisório. O objetivo era fazer uma reforma política para mudar o sistema eleitoral.
Mas o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, de 71 anos, líder da coligação direitista Casa da Liberdade, que está na frente nas pesquisas de opinião, vetou qualquer acordo.
O líder do centrista Partido Democrático, Walter Veltroni, prefeito de Roma, deve se reunir agora com os partidos de esquerda. É o mais cotado para desafiar Berlusconi.
Para evitar os problemas enfrentados pelo primeiro-ministro demissionário Romano Prodi, anunciou que o PD pode concorrer sozinho, sem uma coalizão formada antes das eleições.
Prodi já avisou que não vai se candidatar mais à chefia do governo. Entende que é hora de uma mudança de geração e que essa mudança é Veltroni, de 52 anos.
Se não houver acordo, Fausto Bertinoti, do Partido Democrático da Esquerda, a ala reformista do antigo Partido Comunista Italiano, deve ser o candidato da esquerda.
O prefeito de Roma já adotou um slogan e a postura política da sensação da campanha eleitoral nos Estados Unidos, o senador negro Barack Obama: "As pesquisas não são tão importantes. Vejam Obama. Há três meses, ninguém dava nada por ele. Sim, nós podemos", concluiu, roubando a frase do candidato democrata.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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