sábado, 12 de janeiro de 2008

Ex-refém tentou fugir das FARC com Ingrid

A ex-candidata à Vice-Presidência da Colômbia Clara Rojas, libertada há dois dias pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) depois de seis anos de cativeiro, contou que tentou fugir com a ex-candidata a presidente Ingrid Betancourt, que continua seqüestrada.

Para puni-las pela tentativa de fuga, os guerrilheiros usaram cobras, aranhas e até mesmo uma onça morta.

"Não podíamos deixar a área ao redor do nosso acampamento porque não encontramos o caminho no meio da escuridão", declarou Clara Rojas em entrevista por telefone a uma rádio colombiana, em Caracas, capital da Venezuela, onde está sendo submetida a exames médicos, antes de voltar para a Colômbia.

Mesmo depois do fracasso, Rojas continuou próxima de Betancourt, com quem formava a chapa presidencial em fevereiro de 2002, quando as duas foram seqüestradas pelas FARC. Rojas disse que foi Betancourt a primeira pessoa a quem disse que estava grávida de um dos guerrilheiros, em 2003.

Clara Rojas e a ex-deputada Consuelo González de Perdomo, seqüestrada desde 2001, caminharam 20 dias pela selva com um pequeno grupo de rebeldes das FARC até chegarem a uma clareira onde foram resgatadas por helicópteros das Forças Armadas da Venezuela com bandeira da Cruz Vermelha Internacional.

Ao chegar à Colômbia, Rojas vai se reencontrar com seu filho Emmanuel.

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, mediou a libertação das reféns, que pretende transformar no início de um processo de paz na Colômbia. Chávez tem hoje mais diálogo com as FARC do que com o presidente colombiano, Álvaro Uribe, com quem está rompido.

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