A China rejeita a imposição de metas obrigatórias para reduzir as emissões dos gases que agravam o efeito estufa, causando o aumento da temperatura da Terra no acordo internacional que deve substituir o Protocolo de Quioto a partir de 2012.
Representantes de 191 países se reúnem em dezembro na ilha de Báli, na Indonésia, para negociar um acordo pós-Quioto. O protocolo atualmente em vigor prevê que os países desenvolvidos reduzam suas emissões em 5% em relação aos níveis de 1990, enquanto os demais precisam apenas monitorar suas emissões e produzir relatórios.
Um problema central é que o maior poluidor do mundo, os Estados Unidos, não aderiram ao Protocolo de Quioto sob o argumento de que seria desvantajoso para sua economia, especialmente diante da concorrência da China, que não apenas é a segunda maior economia do mundo pelo critério de paridade do poder de compra como dentro de poucos anos será o maior poluidor.
Para aceitarem um acordo pós-Quioto, os EUA querem que os grandes países em desenvolvimento - China, Índia e Brasil - se comprometam a também limitar suas emissões. Esses países alegam que, por sua industrialização tardia, não contribuíram tanto para o aumento da concentração de gás carbônico na atmosfera como os países desenvolvidos.
A Europa, que está disposta a cortar até 30% das suas emissões, tenta mediar o acordo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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